segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Peixe na brasa

Para quem não tem problemas com peixe de água doce, o Pacú é um excelente peixe por ter um pouco de gordura, por isso fica ótimo na churrasqueira. Receita do Edú (primo da patroa) testada e aprovada. Ideal um Pacú de 2 kg ou mais.

Outra coisa super bacana: Comprei um peixão de 2 kgs por R$ 17 no Pão de Açucar.

Ajuste a receita original: Compre o peixe já limpo e dividido em duas partes. O Edú costuma abrir o peixe ao meio, e o coloca inteiro na churrasqueira

Uma ótima opção de peixe de mar é a Pesacada Cambucu. É um peixe magro, mas que fica excelente na brasa. Testado e aprovado!

Molho para marinar (1 ou 2 horas):

Super simples. Bata em um liquidificador suficiente para besuntar o peixe:

- alho
- limão
- alecrim
- sal

Pode deixar um pouco mais para regar.

Na brasa:

Dica: Use aquela grelha de peixes (que abre e fecha). Dá menos trabalho, por que o peixe não vai grudar na churrasqueira.

Assar com a pele para baixo até ficar tostadinho, e virar para dar uma tostadinha na carne. Somente vire uma vez.

para finalizar, pode-se moer um pouco de sal sobre o peixe no final. sal grosso moido fica mais interessante que o sal fino.

Curiosidade: O Pacú é um peixe encontrado no Mato Grosso, Amazonas e bacia do Rio da Prata, podendo chegar a até 8 kgs. Ele e é primo da PIRANHA....

Risotto al Limone

Esse é um risotto super básico, e de sabor surpreendente. Para dicas adicionais leia o post DICAS DE RISOTTO FOR DUMMIES.

- 1 xícara de chá de arroz arborio
- 1/2 xícara de chá de vinho branco
- 1/2 cebola picada
- 1 1/2 litro de caldo de legumes
- 1 colher de chá de manteiga
- 2 colheres de sopa de azeite (para refogar a cebola)
- 1 pacote de queijo ralado de 100 gramas (Para um risotto mais leve -50 gramas)
- Raspas e suco de 1 limão siciliano (se nào tiver, use o limào comum)

Dicas adicionais:

- Arroz CANAROLI é também um boa opção
- Queijo ralado na hora é mais gostoso
- Primeiro raspe o limão para depois espremer o suco. Não faça o contrário
- Se você não tiver um raspador, use um ralador de queijo (É até melhor...)
- Assim que colocar o arroz, mexa sem parar até o final

Preparo:

o de sempre...

- Refogue a cebola
- Jogue o arroz para dar uma tostadinha
- Adicione o vinho e deixe evaporar
- Depois que evaporou o vinho comece a colocar o caldo. 1 concha por vez até evaporar.
- Depois de 10 minutos ( a partir do vinho) jogue o suco do limão e deixe evaporar
- Siga adicionando o caldo. 1 concha por vez até evaporar.
- Assim que der 17 minutos, desligue o fogo
- Adicione a manteiga, as raspas de limão, e o queijo ralado.

Fala se não é fácil?!

Este risotto vai super bem com um carne, frango ou peixe grelhado

Dicas de risotto for Dummies

O risotto é um prato muito bacana, e é um ótimo prato para aqueles que querem se iniciar na culinária. Vou colocar algumas receitas no blog, mas a idéia agora é falar sobre o RISOTTO.

A maioria dos risottos tem o mesmo princípio, e se você dominar este princípio, fará risottos deliciosos, e com o "pé nas costas". A diferença dos meus risottos, é que eu tenho usado cada vez menos manteiga. A manteiga dá brilho e gosto, mas deixa o risotto pesado e com muito mais gordura saturada (eu tenho o colesterol um pouco acima do ideal).

Para fazer o risotto você precisa de:

Arroz para risotto
Vinho branco
Caldo de frango, carne, legumes, peixe ou outro (depende do gosto que se quer dar)
Azeite
Manteiga
Cebola
Queijo ralado

Até aqui, a maioria dos risottos é igual.O tema do risotto geralmente vem no finalzinho.

No momento que o risotto estiver quase pronto, mistura-se o tema (gosto) que se quer dar ao risotto. Se o tema tiver ervas secas, coloca-se no meio do processo, se utilizar ervas frescas, só no final. Se a idéia é colorir o risotto com os ingredientes (como açafrão) coloca-se o ingrediente mais no meio do processo, para que o arroz vá pegando cor. Ingredientes que precisam amolecer (como abóbora) podem entrar no início. Enfim. O importante para quem está começando é entender que 80% da maioria dos risottos tem o mesmo processo.

O processo do risotto:

Eu geralmente uso uma xicara de chá como medida.

1 xícara de arroz
1/2 xícara de vinho branco
1/2 cebola picadinha
1 boa jorrada de azeite
1 1/2 litro de caldo
1 pacote de queijo ralado de 100gramas
1 colher de sopa de manteiga

Aqueça o caldo, e deixe-o bem próximo da panela em que será feito o risotto.

- De uma jorrada de azeite na panela do risotto (panelas largas funcionam melhor), e doure a cebola picada
- Coloque o arroz e deixe uns 2 minutos para dourar

Atenção: a partir daqui você vai ficar mexendo o arroz até o final.

- Adicione o vinho e deixe evaporar
- Comece a colocar o caldo com uma concha, uma por vez, até evaporar. Evaporou? Coloque mais uma concha.

Lembre-se de mexer até o final........

DICA DE OURO: Você pode contar de 17 a 20 minutos para o risotto ficar pronto (a partir do vinho). Nem um minuto a mais. Pode confiar. Ele pode estar um pouco "al dente", mas ele continua cozinhando depois que se desliga o fogo

A partir de 10 minutos pode-se começar a colocar os ingredientes. Cuidado com os ingredientes que soltam água. Camarão, tomates, frutos do mar, alguns legumes, soltam água. Coloque menos caldo para compensar.

A partir dos 10, 12 minutos, comece a colocar menos caldo, para não ficar empapado no final.

Deu 17 minutos? Desligue, coloque os demais ingredientes (por exemplo ervas frescas), a manteiga, e todo queijo ralado. Teste o sal, e complete caso necessário.

Nunca adicione sal no meio do processo. É fácil passar do ponto. Aliás, geralmente não precisa de mais sal.

Pronto!

Últimas dicas:

1) treine, treine, treine, treine.
2) comece pelo risotto básico
3) busque receitas na internet
4) o Youtube é um ótimo repositório de receitas, e você pode observar o cara fazendo
5) treine sem medo (se não ficar bom, faça de novo para corrigir)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O churrasco brasileiro versus o assado argentino (e Uruguaio..) - artigo iG

O churrasco brasileiro versus o assado argentino

Churrasqueira ou parrilla? Com ou sem espeto? Para além do futebol, Brasil e Argentina têm suas diferenças no preparo da carne

Roberta Malta, especial para o iG | 30/07/2010 12:29

Assado argentino: parrilla é o nome do lugar onde a carne é preparada – para os brasileiros, o nome dado a esse lugar é churrasqueira.

Com a valorização da moeda nacional perante à argentina -- o real está valendo, em média, o dobro do peso – os brasileiros invadiram (mais) o país do tango. As compras lhes são atraentes, o ar europeu das cidades os encanta e todo mundo quer saborear as prestigiadas carnes argentinas. Chegando lá, a confusão: “mas, afinal, parrilla é a mesma coisa que churrasco? Qual a diferença entre os dois?”. O iG Comida recorreu aos universitários para decifrar a charada.

Em primeiro lugar, alerta Leandro Ciasca, um sommelier "louco" pela Argentina, as duas coisas não são sinônimos. Parrilla é simplesmente o nome dado ao lugar onde a carne é preparada – para os brasileiros, o nome dado a esse lugar é churrasqueira. O nosso churrasco é o "asado" (palavra em espanhol que significa, em português, assado) deles, simples assim.

Agora, o programa de comer a carne assada em brasa de carvão e no espeto -- coisa que os brasileños fazem, em geral, tomando cerveja gelada, em restaurantes ou na laje de casa – não tem correspondência no vocabulário argentino. (O que será que eles fazem no fim de semana, hein?!).

Seguindo a mesma linha de raciocínio, é importante explicar também que “existem dois tipos de 'asado': o ‘asado a la parrilla’, que é feito na churrasqueira e o ‘asado criollo’, com o espeto fincado no chão”, ensina Ciasca. Este último corresponde ao método chamado de "fogo de chão", maneira como os peões de antigamente, que transportavam gado, assavam a carne.

Mas as diferenças não param por aí. O método do churrasco e dos asados também é distinto. “Os argentinos raramente usam espetos”, diz o gaúcho Diogo Carvalho, co-autor do blog Destemperados. Gaúcho orgulhoso, ele conta que na Argentina a carne é preparada em grelhas com mais ou menos 45 graus de inclinação, num fogo de lenha muito poderoso, que fica bem perto do ingrediente. “Ali, são jogados os cortes com um desdém apaixonante”, descreve, poético.

Outra alteração fundamental está na salga. Enquanto no Brasil as carnes são lambuzadas de sal grosso antes do cozimento, na Argentina elas são temperadas com sal marinho e só a partir do meio do processo. O resultado é sentido no prato. O sal grosso, diferente do refinado, deixa a carne mais pesada e é responsável por aquela sensação de estômago distendido comum em saídas de churrascarias rodízio. Além disso, segundo Ricardo Castilho, diretor da revista de gastronomia Prazeres da Mesa, o espeto resseca e tira os sulcos da carne.

Até aqui, tudo indica que a terra de Maradona está em vantagem, mas não é bem assim. “Quando o brasileiro deixa o espeto de lado e usa com sabedoria a grelha, ele se supera. Hoje, as nossas melhores carnes estão um grau acima das da Argentina”, afirma Castilho. A opinião do jornalista, porém, considera apenas a avaliação de cortes similares (veja abaixo), pois no quesito variedade é inegável que o estrangeiro sai na frente. “Eles costumam gostar de partes da vaca que os brasileiros, de modo geral, não apreciam”, sugere Diogo. Exemplo disto é a parrillada, prato comum nas mesas argentinas, que leva miúdos, linguiça e um pedaço de alguma carne -- cortes pouco comuns às churrasqueiras do país.
Churrasco brasilero: no espeto, na churrasqueira, um jeito fácil de alimentar um monte de amigos, comer bem e se divertir.

Em que pese tudo isso, o brasileiro tem um forte motivo para preservar o atual modelo de churrasco. "A carne no espeto é mais prática para compartilhar, oferecer entre as mesas", afirma Larazetti, responsável pela churrasqueira da Vento Haragano, que trabalha em sistema de rodízio, em São Paulo. Usar espetos, portanto, fazem parte de uma postura social bem comum ao povo brasileiro: de compartilhar, reunir, festejar. Afinal, como já dito, o churrasco, aqui, está além das questões gastronômicas e vale muito mais como um motivo para encontar os amigos. Até o goumet mais exigente concorda que o momento e a companhia são itens fundamentais ao prazer do paladar.

No fim, conclui-se que a diferença, como quase sempre se observa na gastronomia, é cultural. A escolha, pessoal. O placar permanece indefinido, mas fica a percepção de que o que nos afasta é o mesmo que indubitavelmente nos aproxima. Como uma partida de futebol ou um suculento pedaço de carne.

Principais cortes
O lomo argentino é similar ao nosso filé mignon, assim como...
...o ojo de bife está para o contra filé
...o bife ancho está para a ponta do contra filé
...o bife de chorizo está para o miolo do contra filé
...o tapa de quadril está para a picanha
...o bife de tira está para o miolo da picanha
...o vacio está para fraldinha
...o quadril está para a alcatra