quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mexilhões Grelhados na Palha de Pinheiro

Essa receita está virando um dos meus clássicos, e até hoje tem impressionado os meus convidados, tanto pelo sabor incrível, quanto pelo processo, e pelo visual: Mexilhões Grelhados na Palha de Pinheiro



Peguei em um livro incrível, chamado PLANET BARBECUE do famoso escritor/churrasqueiro americano, Steven Raichlen. Ele viajou por todo o mundo para conhecer como a pessoas faziam seus grelhados e churrascos. Esteve inclusive no Brasil, onde ficou impressionado com a churrascaria Fogo de Chão.



O escritor viajou 5 horas da Espanha para a França, para conhecer o restaurante La Bouvette, em Île de Ré, na região de Charentes. Uma das especialidades do restaurante, e da região, são os mexilhões, que são produzidos e consumidos na região a mais de 700 anos.

Eu fiquei muito curioso para testar a receita, por que adoro mexilhões, mas também fiquei curioso pelo testemunho, pela característica tão diferente, e pela simplicidade. Segundo o escritor, foi uma das experiências mais marcantes dentre todas as receitas que provou para escrever o livro.


Você vai precisar de:

Uma churrasqueira
Uma forma de alumínio descartável (tipo quentinha)
1 Kg de mexilhões limpos
Palha de pinheiro (daquelas que vocÊ pega no chão, mesmo)

Dicas:

1- Os mexilhões brasileiros não são os melhores do mundo, mas dá para fazer, e fica ótimo, mas se você conseguir comprar mexilhões chilenos, vale a pena. No Pão de Açucar você encontra os espetaculares mexilhões chilenos da marca Pacific Gold, que sempre estão na geladeira de congelados. Eu sempre compro todos que estão na geladeira. E custam só R$ 10,00 o pacote de 500 gramas.

2 - Palha de pinheiro não é o tipo de coisa que você encontra em qualquer lugar. Eu tenho a sorte de ter muitos pinheiros no sítio, mas o Steven Raichlen sugere aos leitores que sempre que estiverem em um lugar com pinheiros, que recolham um pouco de palha para levar. Dá para guardar.

3- Os mexilhões são quase sempre vendidos abertos no Brasil. Se você comprar mexilhões fechados, lembre-se que eles precisam abrir com o calor, se não abrir, descarte.

Como fazer:

1- Fogo alto na churrasqueira
2- Fure a forma de alumínio com uma faca. Faça muitos furos em todo o fundo da forma
3- Coloque a palha na forma de alumínio, sem exagerar, e depois coloque os mexilhões (sem água) sobre as palhas.
4- Coloque a forma na churrasqueira, até que as palhas comecem a queimar. Você pode ajudar as palhas a queimar com um fósforo, ou isqueiro.
5- Quando começarem a queimar, você pode colocar outra forma em cima para defumar melhor.
6- Depois de uns 8 minutos os mexilhões devem estar abertos e grelhados.

Pronto!

Prepare-se para os elegios!!!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Roteiro Montevidéu gastronômico

Dizem que a performance do Uruguai na copa do mundo chamou a atenção para este simpático país, que até então era mais conhecido pelos brasileiros pela carne, e por Punta Del Este.

Nos últimos meses vários amigos começaram a nos pedir dicas não só de Punta Del Este (aliás uma dica: uruguaio bacana não fala Punta, fala Punta Del Este...), mas também começaram a pedir dicas de Montevidéu, e até Colônia de Sacramento. Eu já fiz um post sobre Montevidéu em um dia, mas com tanta gente pedindo dicas, resolvi recorrer as minhas primas, já que não estou tão quente em dicas, além das tradicionais. Meu irmão também fez algumas contribuições legais.

Fiz algumas pesquisas na internet sobre Montevidéu, e fiquei surpreso com a quantidade de comentários positivos, e até carinhosos a respeito da cidade. Todos os comentários mencionam a surpresa de chegarem a uma simpática, e charmosa cidade, com ares europeus, comida deliciosa, e um povo simpaticíssimo. É muito bom ver tantos comentários positivos, especialmente por que para mim, sempre foi a minha segunda cidade natal, e eu sempre passei a maior parte do tempo com minha família, visitando primos, tios, avós, tios avós, amigos dos meus pais, enfim, nunca me senti um turista em Montevidéu.

Se eu tivesse que recomendar um único lugar em Montevidéu, seria o Mercado Del Puerto.

No Mercado Del Puerto:

La tem o restaurante EL PALENQUE. Você pode escolher as mesas do restaurante, mas sente no balcão e veja o cara trabalhando no fogo. Peça o assado de tira, mas qualquer carne é boa. Os chorizos (linguiças) têm um tempero diferente das nossas tradicionais Toscana e Calabresa, e são muito boas. Outra coisa que você praticamente só vai encontrar no Uruguai são as Morcillas DOCES. Na Argentina, na Espanha e em Portugal, são, na maioria das vezes, salgadas. As entranhas também são muito boas. Dica: Não pergunte o que é. Simplesmente peça e coma. As mollejas são deliciosas, e segundo o meu pai, são o principal prato do Maxim de Paris....

Antes de comer lá, vá ao balcão do ROLDOS e tome um Medio y Medio que é um mistura de vinho branco doce e seco, por isso o nome. Coma um ou dois sanduíches de pão de miga que estão expostos. São bem simples, mas a graça deles é justamente serem simples e levinhos. Peça um para cada um e só. Senão não sobra espaço para a carne.

Outro lugar que veneramos é o LA PASIVA. Ninguém vai te indicar isso por que é trash. Lá, você come frankfurters (panchos) que são os hotdogs bem simples. Use a mostarda branca especial que eles ofercem por lá. Tem gosto bem particular. Outra iguaria é a Hungara, que é um cachorro quente de lingüiça húngara. São várias lanchonetes espalhadas por Montevideo. O Chivito é outro hit parade. É o chesse salada, e vem especialmente em duas versões, a normal (seria um super cheese salada),e o Canadiense (Um super cheese tudo).

Pizza no Uruguai tem características muito peculiares. São retangulares, grossas, e sem QUEIJO. Se você quiser uma pizza com queijo, deve pedir uma mozarela. É diferente, mas muito gostosa. Pode vir acompanhada de Fainá, que é uma massa de milho bem fininha, que até parece uma massa de polenta. Você pode colocar por cima da pizza e comer junto. É demais!

Sugestões, de pizzerias:

Pizzerie Trouville na Calle Veintiuno de Setiembre 3104 em Pocitos
A melhor de todas, mas que tem que ter paciência para esperar: El Horno de Juan na Calle Martí 3391 entre Chucarro e Benito Blanco (super perto da casa da minha falecida avó...). Também em Pocitos.

Supermercados:

O uruguay tem gado e leite, tudo que é carne e leite, no Uruguai é muito bom. Sorvetes, iogurtes com pedaços de fruta, e o rei do pedaço, o DOCE DE LEITE. Eu sou uruguaio, e posso ser tendencioso na minha opinião, mas o doce de leite uruguaio é melhor que o argentino. Os brasileiros geralmente não relacionam o Uruguai a doce de leite.... Falar de doce de leite no Uruguai é como discutir cerveja no Brasil. Qual a melhor? (Eu prefiro a Bohemia...) As principais marcas são CONAPROLE e LA PATAIA, cujo tambo (fazenda de leite) fica em Punta Del Este, e é além de tudo, um tremendo passeio.

Cervejas e Vinhos:

O Uruguai está ficando cada vez melhor no mundo dos vinhos. A uva mais característica é a TANNAT, mas eles estão produzindo muito mais Cabernet Sauvignon do que Tannat. Pode-se visitar algumas das vinícolas, uma vez que a principal região vinícola, Canelones, fica colada a Montevideo, próximo ao aeroporto.
As cervejas já estão ficando mais conhecidas por aqui. A mais tradicional é a Norteña (que na minha opinião, parece-se com a Bohemia brasileira), e a outra que está cada vez mais presente no Brasil é a Patrícia, que tem gerado um mar de piadinhas: “ A Patrícia é uma gostosa...”, “estou aqui no bar coma Patrícia”....

Bares e restaurantes:

Aqui tive que recorrer as minhas primas. Essas são dicas quentíssimas que o taxista ou o pessoal do hotel não vai saber dar...
Em Pocitos e Punta Carretas:
- Siam
- Bar 62
- La Perdiz (jantar- carne)
- Francis (jantar)
- Sacramento (jantar)

Buceo (bairro que fica entre Carrasco e Pocitos)

- Burlesque
- Barba Roja
- Panini's (italiano, também estão en Ciudad Vieja)
- La Vaca (carnes)
- Bamboo

Carrasco:

- Café Mistério (Rivera e Costa Rica) – bar bacana e tradicional em Carrasco ( Já fui várias vezes)
- Clyde´s (Rivera e Costa Rica)– Outro bar bacana e tradicional de Carrasco estilo pub (Também já fui várias vezes)
- García – (Arocena e Gabriel Otero)

Ciudad Vieja:

- Café Bacacay (Bacacay e Buenos Aires) – Lugar muito pitoresco para ir a noite, próximo ao Teatro Solís

Para dançar:

- Pony Pisador
- Lotus

Buen viaje!

domingo, 12 de setembro de 2010

Espaguete com robalo e molho de tomate

Eu estava buscando uma receita para fazer um bom macarrão, e encontrei essa deliciosa, e simples receita. Foi aprovado por todos.

O segredo está em comprar bons tomates maduros e doces, e um robalo bem fresco. Na falta de robalo, pode-se usar abadejo, ou outro bom peixe em file.

Ingredientes:

• 2 dentes de alho inteiros (eu uso 3, mas muita gente prefere menos alho)

• 1 colher de café de pimenta vermelha seca moída (para quem não curte pimenta, pode-se desconsiderar este ingrediente)

• 1 kg de tomates maduros sem pele e picados

• 200 ml de vinho branco

• 350 g de espaguete seco

• 400 g de filé de robalo, sem pele, e cortado em tirinhas

• 2 ½ colheres de sopa de salsinha picada

• Azeite extra virgem

Como fazer:

1. Esmague os dentes de alho com uma faca grande. Aqueça o óleo (eu tenho usado óleo vegetal : canola ou girassol) em uma frigideira grande em fogo alto. Coloque o alho, a pimenta e cozinhe, mexendo de vez em quando. Se o alho começar a pegar cor, tire a frigideira do fogo.

2. Adicione os tomates e despeje o vinho. Tempere suavemente com sal, deixe ferver, e cozinhe em fogo médio por 10-12 minutos até engrossar.

3. Enquanto isso, faça o macarrão de acordo com as recomendações da caixa, até ficar al dente. Escorra e reserve uma concha de água.

4. Quando o macarrão estiver quase pronto, adicione o peixe e a salsinha ao molho, e cozinhe por uns 2 minutos, até o peixe pegar um pouco de cor.

5. Adicione o macarrão ao molho, e cozinhe por uns 30 segundos. Adicione a água reservada.

6. Adicione um filete de azeite e sirva com um bom queijo ralado na hora.

Além de delicioso, é um prato muito bonito!

Capeletti in Brodo

Meu pai gosta muito de Capeletti in Brodo. Sempre tenta fazer em casa, e segundo ele, nunca fica bom o suficiente.

Ao ler a excelente revista CASA E COMIDA (Ed. Globo), achei uma receita interessante e resolvi testar. O principal diferencial da receita era o caldo, que levava 3 horas para fazer, e levava, entre outras coisas, ossobuco e frango. Sensacional! Apesar de o caldo levar 3 horas para fazer, dá pouquíssimo trabalho para fazer. É só jogar os ingredientes na panela e esperar 3 horas...

Ingredientes:

• Capelettis de frango ou carne pré cozidos (Pode também ser de queijo)
• 5 litros de água
• 1 cenoura limpa e descascada
• 4 talos de salsão
• 1 cebola descascada
• 1 maço de salsinha
• 1 sobrecoxa de frango sem pele
• 1 ossobuco de aproximadamente 200g
• 1 colher de sopa rasa de sal

Modo de preparo:

1º passo : Junte todos os ingredientes (exceto o capeletti) a água, e ponha para ferver.

2º passo: Após ferver, diminua o fogo e deixe cozinhando e reduzindo por 3 horas.

3º passo: Passe o caldo em um coador, reservando o caldo, e descartando os ingredientes. (A cenoura, a carne, e o frango podem ser reaproveitados, e o melhor de tudo: O tutano!)

4º passo: Adicione os capelettis ao caldo e sirva. O caldo irá finalizar os capelettis.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Peixe na brasa

Para quem não tem problemas com peixe de água doce, o Pacú é um excelente peixe por ter um pouco de gordura, por isso fica ótimo na churrasqueira. Receita do Edú (primo da patroa) testada e aprovada. Ideal um Pacú de 2 kg ou mais.

Outra coisa super bacana: Comprei um peixão de 2 kgs por R$ 17 no Pão de Açucar.

Ajuste a receita original: Compre o peixe já limpo e dividido em duas partes. O Edú costuma abrir o peixe ao meio, e o coloca inteiro na churrasqueira

Uma ótima opção de peixe de mar é a Pesacada Cambucu. É um peixe magro, mas que fica excelente na brasa. Testado e aprovado!

Molho para marinar (1 ou 2 horas):

Super simples. Bata em um liquidificador suficiente para besuntar o peixe:

- alho
- limão
- alecrim
- sal

Pode deixar um pouco mais para regar.

Na brasa:

Dica: Use aquela grelha de peixes (que abre e fecha). Dá menos trabalho, por que o peixe não vai grudar na churrasqueira.

Assar com a pele para baixo até ficar tostadinho, e virar para dar uma tostadinha na carne. Somente vire uma vez.

para finalizar, pode-se moer um pouco de sal sobre o peixe no final. sal grosso moido fica mais interessante que o sal fino.

Curiosidade: O Pacú é um peixe encontrado no Mato Grosso, Amazonas e bacia do Rio da Prata, podendo chegar a até 8 kgs. Ele e é primo da PIRANHA....

Risotto al Limone

Esse é um risotto super básico, e de sabor surpreendente. Para dicas adicionais leia o post DICAS DE RISOTTO FOR DUMMIES.

- 1 xícara de chá de arroz arborio
- 1/2 xícara de chá de vinho branco
- 1/2 cebola picada
- 1 1/2 litro de caldo de legumes
- 1 colher de chá de manteiga
- 2 colheres de sopa de azeite (para refogar a cebola)
- 1 pacote de queijo ralado de 100 gramas (Para um risotto mais leve -50 gramas)
- Raspas e suco de 1 limão siciliano (se nào tiver, use o limào comum)

Dicas adicionais:

- Arroz CANAROLI é também um boa opção
- Queijo ralado na hora é mais gostoso
- Primeiro raspe o limão para depois espremer o suco. Não faça o contrário
- Se você não tiver um raspador, use um ralador de queijo (É até melhor...)
- Assim que colocar o arroz, mexa sem parar até o final

Preparo:

o de sempre...

- Refogue a cebola
- Jogue o arroz para dar uma tostadinha
- Adicione o vinho e deixe evaporar
- Depois que evaporou o vinho comece a colocar o caldo. 1 concha por vez até evaporar.
- Depois de 10 minutos ( a partir do vinho) jogue o suco do limão e deixe evaporar
- Siga adicionando o caldo. 1 concha por vez até evaporar.
- Assim que der 17 minutos, desligue o fogo
- Adicione a manteiga, as raspas de limão, e o queijo ralado.

Fala se não é fácil?!

Este risotto vai super bem com um carne, frango ou peixe grelhado

Dicas de risotto for Dummies

O risotto é um prato muito bacana, e é um ótimo prato para aqueles que querem se iniciar na culinária. Vou colocar algumas receitas no blog, mas a idéia agora é falar sobre o RISOTTO.

A maioria dos risottos tem o mesmo princípio, e se você dominar este princípio, fará risottos deliciosos, e com o "pé nas costas". A diferença dos meus risottos, é que eu tenho usado cada vez menos manteiga. A manteiga dá brilho e gosto, mas deixa o risotto pesado e com muito mais gordura saturada (eu tenho o colesterol um pouco acima do ideal).

Para fazer o risotto você precisa de:

Arroz para risotto
Vinho branco
Caldo de frango, carne, legumes, peixe ou outro (depende do gosto que se quer dar)
Azeite
Manteiga
Cebola
Queijo ralado

Até aqui, a maioria dos risottos é igual.O tema do risotto geralmente vem no finalzinho.

No momento que o risotto estiver quase pronto, mistura-se o tema (gosto) que se quer dar ao risotto. Se o tema tiver ervas secas, coloca-se no meio do processo, se utilizar ervas frescas, só no final. Se a idéia é colorir o risotto com os ingredientes (como açafrão) coloca-se o ingrediente mais no meio do processo, para que o arroz vá pegando cor. Ingredientes que precisam amolecer (como abóbora) podem entrar no início. Enfim. O importante para quem está começando é entender que 80% da maioria dos risottos tem o mesmo processo.

O processo do risotto:

Eu geralmente uso uma xicara de chá como medida.

1 xícara de arroz
1/2 xícara de vinho branco
1/2 cebola picadinha
1 boa jorrada de azeite
1 1/2 litro de caldo
1 pacote de queijo ralado de 100gramas
1 colher de sopa de manteiga

Aqueça o caldo, e deixe-o bem próximo da panela em que será feito o risotto.

- De uma jorrada de azeite na panela do risotto (panelas largas funcionam melhor), e doure a cebola picada
- Coloque o arroz e deixe uns 2 minutos para dourar

Atenção: a partir daqui você vai ficar mexendo o arroz até o final.

- Adicione o vinho e deixe evaporar
- Comece a colocar o caldo com uma concha, uma por vez, até evaporar. Evaporou? Coloque mais uma concha.

Lembre-se de mexer até o final........

DICA DE OURO: Você pode contar de 17 a 20 minutos para o risotto ficar pronto (a partir do vinho). Nem um minuto a mais. Pode confiar. Ele pode estar um pouco "al dente", mas ele continua cozinhando depois que se desliga o fogo

A partir de 10 minutos pode-se começar a colocar os ingredientes. Cuidado com os ingredientes que soltam água. Camarão, tomates, frutos do mar, alguns legumes, soltam água. Coloque menos caldo para compensar.

A partir dos 10, 12 minutos, comece a colocar menos caldo, para não ficar empapado no final.

Deu 17 minutos? Desligue, coloque os demais ingredientes (por exemplo ervas frescas), a manteiga, e todo queijo ralado. Teste o sal, e complete caso necessário.

Nunca adicione sal no meio do processo. É fácil passar do ponto. Aliás, geralmente não precisa de mais sal.

Pronto!

Últimas dicas:

1) treine, treine, treine, treine.
2) comece pelo risotto básico
3) busque receitas na internet
4) o Youtube é um ótimo repositório de receitas, e você pode observar o cara fazendo
5) treine sem medo (se não ficar bom, faça de novo para corrigir)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O churrasco brasileiro versus o assado argentino (e Uruguaio..) - artigo iG

O churrasco brasileiro versus o assado argentino

Churrasqueira ou parrilla? Com ou sem espeto? Para além do futebol, Brasil e Argentina têm suas diferenças no preparo da carne

Roberta Malta, especial para o iG | 30/07/2010 12:29

Assado argentino: parrilla é o nome do lugar onde a carne é preparada – para os brasileiros, o nome dado a esse lugar é churrasqueira.

Com a valorização da moeda nacional perante à argentina -- o real está valendo, em média, o dobro do peso – os brasileiros invadiram (mais) o país do tango. As compras lhes são atraentes, o ar europeu das cidades os encanta e todo mundo quer saborear as prestigiadas carnes argentinas. Chegando lá, a confusão: “mas, afinal, parrilla é a mesma coisa que churrasco? Qual a diferença entre os dois?”. O iG Comida recorreu aos universitários para decifrar a charada.

Em primeiro lugar, alerta Leandro Ciasca, um sommelier "louco" pela Argentina, as duas coisas não são sinônimos. Parrilla é simplesmente o nome dado ao lugar onde a carne é preparada – para os brasileiros, o nome dado a esse lugar é churrasqueira. O nosso churrasco é o "asado" (palavra em espanhol que significa, em português, assado) deles, simples assim.

Agora, o programa de comer a carne assada em brasa de carvão e no espeto -- coisa que os brasileños fazem, em geral, tomando cerveja gelada, em restaurantes ou na laje de casa – não tem correspondência no vocabulário argentino. (O que será que eles fazem no fim de semana, hein?!).

Seguindo a mesma linha de raciocínio, é importante explicar também que “existem dois tipos de 'asado': o ‘asado a la parrilla’, que é feito na churrasqueira e o ‘asado criollo’, com o espeto fincado no chão”, ensina Ciasca. Este último corresponde ao método chamado de "fogo de chão", maneira como os peões de antigamente, que transportavam gado, assavam a carne.

Mas as diferenças não param por aí. O método do churrasco e dos asados também é distinto. “Os argentinos raramente usam espetos”, diz o gaúcho Diogo Carvalho, co-autor do blog Destemperados. Gaúcho orgulhoso, ele conta que na Argentina a carne é preparada em grelhas com mais ou menos 45 graus de inclinação, num fogo de lenha muito poderoso, que fica bem perto do ingrediente. “Ali, são jogados os cortes com um desdém apaixonante”, descreve, poético.

Outra alteração fundamental está na salga. Enquanto no Brasil as carnes são lambuzadas de sal grosso antes do cozimento, na Argentina elas são temperadas com sal marinho e só a partir do meio do processo. O resultado é sentido no prato. O sal grosso, diferente do refinado, deixa a carne mais pesada e é responsável por aquela sensação de estômago distendido comum em saídas de churrascarias rodízio. Além disso, segundo Ricardo Castilho, diretor da revista de gastronomia Prazeres da Mesa, o espeto resseca e tira os sulcos da carne.

Até aqui, tudo indica que a terra de Maradona está em vantagem, mas não é bem assim. “Quando o brasileiro deixa o espeto de lado e usa com sabedoria a grelha, ele se supera. Hoje, as nossas melhores carnes estão um grau acima das da Argentina”, afirma Castilho. A opinião do jornalista, porém, considera apenas a avaliação de cortes similares (veja abaixo), pois no quesito variedade é inegável que o estrangeiro sai na frente. “Eles costumam gostar de partes da vaca que os brasileiros, de modo geral, não apreciam”, sugere Diogo. Exemplo disto é a parrillada, prato comum nas mesas argentinas, que leva miúdos, linguiça e um pedaço de alguma carne -- cortes pouco comuns às churrasqueiras do país.
Churrasco brasilero: no espeto, na churrasqueira, um jeito fácil de alimentar um monte de amigos, comer bem e se divertir.

Em que pese tudo isso, o brasileiro tem um forte motivo para preservar o atual modelo de churrasco. "A carne no espeto é mais prática para compartilhar, oferecer entre as mesas", afirma Larazetti, responsável pela churrasqueira da Vento Haragano, que trabalha em sistema de rodízio, em São Paulo. Usar espetos, portanto, fazem parte de uma postura social bem comum ao povo brasileiro: de compartilhar, reunir, festejar. Afinal, como já dito, o churrasco, aqui, está além das questões gastronômicas e vale muito mais como um motivo para encontar os amigos. Até o goumet mais exigente concorda que o momento e a companhia são itens fundamentais ao prazer do paladar.

No fim, conclui-se que a diferença, como quase sempre se observa na gastronomia, é cultural. A escolha, pessoal. O placar permanece indefinido, mas fica a percepção de que o que nos afasta é o mesmo que indubitavelmente nos aproxima. Como uma partida de futebol ou um suculento pedaço de carne.

Principais cortes
O lomo argentino é similar ao nosso filé mignon, assim como...
...o ojo de bife está para o contra filé
...o bife ancho está para a ponta do contra filé
...o bife de chorizo está para o miolo do contra filé
...o tapa de quadril está para a picanha
...o bife de tira está para o miolo da picanha
...o vacio está para fraldinha
...o quadril está para a alcatra

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A curtição de garimpar um bom vinho

Como diz o magnânimo enólogo Robert Parker ( e logo ele...): “Vinho bom, é o vinho que você gosta”. Eu gosto muito desta frase, por que resume o que os países que consomem vinho a mais tempo já sabem a séculos.

Segundo me contaram em um curso da Expand (aliás divertidíssimo), os principais responsáveis por levar o vinho aos 4 cantos do globo, foram os italianos. Os gregos e egípcios já bebiam vinho, os franceses foram os responsáveis pela sofisticação e aprimoramento da qualidade, mas foram os italianos que levaram o vinho para outros países.

Isso aconteceu por que a grande maioria dos italianos bebe vinho todos os dias, e quando saiam da Italia, levavam algumas mudas de diferentes uvas para preparar o seu próprio vinho. Alguma dúvida de que estes vinhos não seriam lá essas coisas?

Ainda hoje é comum as famílias italianas comprarem vinhos em barris e engarrafar em casa, e distribuir a amigos e vizinhos. Um amigo francês me comentou uma tradição, de sempre comprar uma caixa de um bom vinho (de guarda) em anos especiais, como casamento de algum membro da família, nascimentos, conquistas, vitória do time de futebol, entre outras datas, para abrir depois de 18 ou 20 anos. Imagine que barato você celebrar os 18 anos do seu filho com um vinho do ano que ele nasceu!

Os chilenos compram vinhos baratíssimos nos supermercados, que por sua vez contam com gôndolas e mais gôndolas de bons vinhos a menos de 10 ou mesmo 5 dólares. Voltando aos franceses, todos que viajam para lá descobrem que tomar uma taça de vinho pode ser até mais barato que uma Coca Cola.

Como diz o meu tio uruguaio, Boy Lannes: “ o que é bom, é bom”. Profundo... É obvio que um vinho de R$ 100, R$ 150 ou R$ 200 tem grandes chances de ser melhor que um vinho de R$ 20. Mas tirando os chatos, os deslumbrados, os milionários, e principalmente os novos ricos, ninguém toma vinho de R$ 150 todos os dias. É inclusive, em minha opinião, um desrespeito ao próprio ritual que envolve o vinho. Vinho especial merece momentos especiais, mesmo que seja celebrar o fim da semana de trabalho, abrindo um bom vinho, acompanhado de um bom queijo.

Eu tomo vinho praticamente todos os dias, e sempre procuro vinhos ao redor de R$20 para tomar no jantar. Uma das formas mais interessantes e eficientes de achar os bons vinhos custo/benefício é pedir sugestões em boas adegas. Eu gosto das pequenas, que muitas vezes trazem rótulos de vinícolas menores, e adoram contar a história daquele achado. Você sempre vai achar boas dicas como Alfredo Rocca, Santa Alvara, entre outros. Vou começar a fazer uma lista para o blog.
Outra coisa que eu adoro fazer é comprar vinho em minhas viagens para Argentina, Chile, EUA e Europa. Você compra excelentes vinhos, que muitas vezes não chegam ao Brasil, por preços indecentes. Sempre trago as garrafas na mala, envoltas em meias, roupas, jornal, ou o que puder usar. Nunca tive problema, e já fiz isso muitas vezes.

Um barato é você comprar rótulos desconhecidos, para aumentar ainda mais a curtição. Todo mundo traz o bom Luigi Bosca de viagem, mas poucos trazem o Sol y Suelo, que eu paguei R$ 25 no centro de Bs.As.

Em nossa recente viagem a Bs.As. conhecemos um simpático casal que resolveu começar uma brincadeira muito legal. Resolveram ir atrás de rótulos do livro “1001 vinhos para beber antes de morrer” . Essa brincadeira chegou a ter desmembramentos de caça ao tesouro, onde certa vez em Napa eles foram atrás de um rótulo de uma pequena vinícola, de um ano que foi memorável. Não encontraram depois de vasculhar várias adegas, até que em uma delas, ao ir embora , no momento em que davam marcha ré, a vendedora saiu correndo atrás do carro, gritando que havia encontrado duas garrafas no depósito. A graça não é necessariamente pagar US$ 50 mil em uma garrafa de Cheval Blanc 47, que foi considerado o melhor vinho já produzido na história, mas na garimpagem, que certamente renderá mil histórias. Eles até compraram uma mala de vinho para 12 garrafas, que a levam para qualquer país que produza vinho. Tudo pela curtição, sem frescura, e sem deslumbramento. Eles nunca colocam o preço como principal atributo pelos vinhos que compram, mas contam as histórias com muito orgulho.

Vou começar a escrever sobre adegas bacanas que eu conhecer.

Saúde!

domingo, 25 de julho de 2010

Frango com ervas grelhado

Eu adoro comida grelhada, e sou louco por um churrasco. Por mim faria churrasco todo dia.... Infelizmente sou um daqueles que o colesterol está um pouco acima do recomendável, e preciso urgentemente comer menos carne, que é a principal fonte de mau colesterol.

Raramente como frangos (realmente) gostosos nos churrascos que vou, inclusive nos meus. Para mim, uma boa referência é o frango desossado do Galeto's. Esse sim é bom. Amigos cozinheiros já sugeriram sal e pimenta do reino, mas sempre fica mais ou menos. Além de gostar muitos dos grelhados, sou super entusiasta das comidas sofisticadas, porém de elaboração simples, por isso grandes marinadas nunca foram meu objetivo.

Hoje provei uma receita relativamente simples e ficou muito saborosa. Frango com ervas grelhado.

4 pedaços de peito ou sobre coxa de frango

4 raminhos de tominho
1 colher de chá de cominho
1 colher de chá de oregano
2 dentes de alho amassados
1 colher de sopa de mel
6 colheres de sopa de azeite
1 limão - casca ralada e suco
Sal e pimenta do reino a gosto

- Misture tudo em uma tigela e coloque os pedaços de frango. Vá virando até que fiquem bem besuntados.
- Coloque os frangos na grelha, vai virando e regando até ficarem grelhados. Tem que ficar um pouco queimado por cima.

Só isso. Ficou bom.

Dica: Se for deixar marinando por mais tempo, deixe o suco do limão para quando o frango for para a grelha.

domingo, 18 de julho de 2010

Vinho sem álcool

Dentro do mais puro espírito INQUIETUDE GASTRONOMICA, não aguentei a curiosidade ao ver uma garrafa de "vinho sem alcool" da marca La Dorni (do Paraná) a venda no Mundo Verde.

Minha opinião depois de provar: Vish......

Suco de uva integral dá de 10. Sem comparação.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Frango assado moleza

Eu adoro aquele estilo de frango assado de padaria, naquele esquema “Televisão de Cachorro”. Fazer um frango assado em casa não é tão difícil assim.

Existem mil receitas e técnicas, mas as vezes que eu tentei fazer, acabei me decepcionando com um gostinho sonso que ficava, até que comi um frango delicioso que a minha mãe preparou no sítio.

A receita é de uma simplicidade incrível, e fica muito gostoso. Basta temperar o frango com sopa de cebola. Daquelas que vendem em saquinhos, e levam 5 minutos para fazer.

Feita a sopa, regue o frango por dentro e por fora, e deixe o frango descansando uns 30 minutos para pegar mais gosto.

Asse o frango por mais ou menos 1 hora, virando depois de 30 minutos.
Importante sempre ficar de olho, especialmente no final.

Bico!

sábado, 12 de junho de 2010

Churrasco no apartamento

Desde que casei a 10 anos, moro em um apartamento sem uma badalada varanda gourmet. E eu ADORO CHURRASCO... Já fiz várias experiências, só não coloquei uma churrasqueira a carvão, por que eu correria o risco de ser expulso do prédio.

Primeiro usei uma churrasqueira elétrica que não faz fumaça. Nota 5. Depois usei uma George Foreman média. Nota 4. Fiz na frigeideira de grelhar. Também não ficou legal.

Linguiça então, eu já havia desestido. Nada que eu testava dava certo, fora a fumaceira.

Certa vez, não sei por que, resolvi colocar uma picanha e umas linguiças no forninho elétrico. SURPRESA!! Apesar de demorar um poco mais, ficaram perfeitas. A linguiça ficou muito boa, e a carne ficou super suculenta, macia, rosadinha por dentro, e grelhada por fora. Perfeito.

Hoje eu testei fazer uma fraldinha que eu havia comprado no melhor açougue de São Paulo, o Santa Barbara, no Jardim Guedala (Morumbi). Paguei R$ 10 na peça, que era pequena, do jeito que eu queria.

Salguei um pouco, e coloquei um pouco de alecrim. Ficou muito bom! Para completar, fiz um preparadinho de chimichurri, e fiz também um chorizo português.

Tremedo churrasco.

E o meu forninho passou a ser a minha churrasqueira oficial.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Uma tradição uruguaia: CHORIPÁN

Em homenagem ao jogo de Uruguai contra a França (0 X 0).

O Choripán é un clássico uruguaio. Come-se em todo Uruguai, desde a porta dos estádios, churrascos entre amigos, até na praia em pleno solzão do verão.

Simples: Linguiça grelhada, em um pão francês com alface, tomate, e molho chimichurri. O molho dá um toque muito especial. Não vai queijo, muito menos maionese. Por isso não cai pesado!

Apesar de sempre praticar o churrasco uruguaio (a base de lenha, ao invés de carvão), nunca exploramos muito o choripán. Semana passada fiz duas experiências, usuando um chimichurri pronto da Companhia das Ervas. Fiz na churrasqueira, e depois fiz no forninho de casa. Nos dois casos ficou muito gostoso, e um choripán já basta para matar a fome. Usei linguiça calabresa.

Chimichurri pronto:

Basta colocar um pouquinho do mix de ervas em uma cumbuca, e adicionar um pouquinho de azeite, um pouquinho de oleo vegetal, e um pouquinho de vinagre. A consistência pode variar. Eu prefiro mais consistente, e menos líquido. É bom deixar as ervas reidratando por uma ou duas horas.

Gostei da experiência. Altamente recomendável, e bem mais gostoso do que comer somente a linguicinha típica de churrasco.

Risoto com alface e salmão fresco

Testado e aprovado!

Risoto com alface e salmão fresco

Ingredientes:

2 pés de alface lisa
1 colher (sopa) de cebola picada
3 colheres (sopa) de manteiga
380 g de arroz carnaroli (ou arbóreo) sem lavar
1/2 xícara (chá) de vinho branco seco
280 g de salmão fresco em pedaços
2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
1 e 1/2 litro de caldo de peixe

caldo de peixe (dá para comprar pronto em tabletes)

2 litros de água fria
1 kg de ossos de peixe
100 g de cenoura em pedaços
150 g de cebola em pedaços
100 g de salsão em pedaços
100 g de alho-poró em rodelas
3 colheres (sopa) azeite de oliva
1 maço de ervas aromáticas
sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de Preparo:

Em uma panela, refogue as folhas mais graúdas da alface com 1/4 de xícara (chá) de caldo de peixe e bata no liquidificador até formar um creme homogêneo.

Reserve o broto de alface, cortado em tiras bem finas. Em outra panela, doure a cebola na metade da manteiga, acrescente o arroz e refogue por alguns minutos.

Adicione o vinho branco e deixe evaporar em fogo alto. Junte, aos poucos, o caldo de peixe quase em ponto de fervura, mexendo de vez em quando. À medida que o arroz for secando, coloque mais caldo.

Depois de 12 minutos, junte o salmão e o creme de alface. Cozinhe por mais 4 ou 5 minutos.

Retire do fogo e acrescente os brotos de alface, o restante da manteiga e o parmesão ralado e misture bem.

Sirva imediatamente.

Para o caldo de peixe, corte os ossos do peixe e deixe durante 15 minutos de molho em água fria. Em uma panela, refogue a cenoura, a cebola, o salsão e o alho-poró no azeite. Junte a água fria, os ossos de peixe escorridos e as ervas. Tempere com sal e pimenta-do-reino e deixe ferver por 20 minutos. Retire a espuma e passe por uma peneira sem amassar. Volte ao fogo por mais 10 minutos. Fonte: Revista Água na Boca

terça-feira, 25 de maio de 2010

Você sabe quais as principais diferenças entre os cultivos: ORGÂNICO e HIDROPÔNICO?

O cultivo orgânico é um ótimo processo de cultivo baseado em uma série de regras e cuidados relacionados ao plantio, ao manejo, a nutrição das plantas, e aos defensivos. O produtor precisa obter um selo de certificação orgânica para poder vender seus produtos com a nomenclatura orgânica.

Já a cultura hidropônica é uma cultura que substitui o uso do solo por água, e é cultivada em ambiente protegido. Todos os nutrientes são adicionados na água, que precisa necessariamente estar limpa e com o seu Ph e sua condutividade em perfeito equilíbrio. Existem 3 tipos principais de cultivo hidropônico: 1) Em mesas com água corrente 2) por flutuação 3) por gotejamento.

Ambas as técnicas são muito eficientes e perfeitamente seguras e saudáveis. Um dos pilares principais de ambas é a NUTRIÇÃO DAS PLANTAS. Em pessoas, um corpo saudável, protegido e bem nutrido, está menos suscetível a doenças. Com plantas acontece o mesmo. Por isso tanto o método orgânico quanto hidropônico são ótimas alternativas. Você não sai tomando remédio sem necessidade, certo? O mesmo acontece nas duas alternativas de cultivo. Ainda assim, a cultura orgânica tem seus rígidos procedimentos para proteger as plantas dependendo do tipo de doença, praga ou fungo. O método hidropônico vale-se da proteção das estufas para garantir menor incidência de ataques, doenças e fungos. Existem defensivos verdes e orgânicos para casos mais extremos que são utilizados nas duas metodologias.

Os produtores orgânicos são críticos da hidroponia pela técnica em geral, a começar pela falta de certificação, manipulação, ausência do solo, e adição dos nutrientes. Os produtores hidropônicos criticam os orgânicos pela ineficiência do processo, e os riscos que um país tropical, como o Brasil, oferece a este tipo de manejo, uma vez que a incidência de pragas é maior que em países de clima temperado. Fora isso, o método orgânico requer áreas muito maiores que o método hidropônico.

Somos produtores hidropônicos em Sorocaba (Hidroponia Palo Palo). Nosso vídeo no Youtube é 1º na lista quando se busca vídeos ligados a hidroponia:

http://www.youtube.com/watch?v=16BbyOnQVME

Resumindo, tanto os hidropônicos quanto os orgânicos apresentam grandes qualidades. Cada um dentro da sua filosofia, mas sem dúvida, muito superiores que os produtos convencionais (“da terra”).

Molho Pesto: Delicioso, rápido, saudavel e versátil.

O pesto é um molho/acompanhamento muito versátil, e bastante saudável (exceto pelo queijo parmesão). Pense bem: manjericão (ou rúcula), azeite de oliva, nozes (ou pistache, ou castanha do Pará), alho. Além dos ingredientes saudabilíssimos, por ser um molho cru, os ingredientes estão com suas propriedades preservadas. Em fim, é delicioso, e faz bem. Por último, leva 5 minutos fazê-lo...

Temos explorado bastante a versatilidade do pesto. Além do tradicionalíssimo molho Pesto Genovese para massas, dependendo da consistência, é um ótimo patê, um molho delicioso para um peixe sem graça, perfeito na pizza, ou até um ótimo acompanhamento para churrasco.

A receita é uma baba. Originalmente se faz com um pilão, mas dá para fazer de forma bem mais simples no liquidificador ou processador.

• 1 maço de Manjericão
• Azeite de Oliva
• Um punhadinho de nozes (ou pistache, ou castanhas do Pará)
• 1 dente de Alho
• Queijo parmesão
• (se quiser) sal e pimenta do reino

Bata os ingredientes. O azeite dará a consistência que você quiser. Podendo complementar com uma pitada de leite ou creme de leite.

Outra coisa legal. O pesto mais tradicional é o de manjericão, mas pode-se fazer de rúcula, azeitonas, tomate seco, pimentões, entre outros ingredientes. O processo é praticamente o mesmo.

Veja o ótimo link do Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=56I8mSx9_BQ

Pesquise outras receitas na internet.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A nossa última grande descoberta: PIZZA GRELHADA

Neste final de semana experimentei algo que possivelmente irá se tornar uma tradição no meu sítio: PIZZA GRELHADA.

Eu não costumo comprar livros de receita importados traduzidos (especialmente os baratos), por que geralmente são receitas rebuscadas, e volta e meia utilizam ingredientes difíceis de encontrar em qualquer supermercado. A minha filosofia gastronômica, e motivo deste blog são as receitas simples (preferencialmente grelhadas) e que envolvam um ritual gostoso.

Recentemente comprei um desses livrinhos traduzidos da Publifolha sobre pizzas, e me surpreendi não pelas receitas (muitas rebuscadas), mas pela novidade da PIZZA GRELHADA. Além disso, a receita da massa deste livro é interessante, por que leva além da farinha de trigo, um pouco de fubá, e farinha de trigo integral. A massa ficou bem gostosa, e a técnica grelhada....um show!

O pessoal me olhou com desconfiança quando propus fazer a pizza na churrasqueira, enquanto o meu irmão pilotava o tradicional churrasco uruguaio, a base de lenha, abri a massa e a coloquei na grelha. No começo achei que não fosse funcionar por que a massa começou a dobrar nos vãos da grelha. Essa preocupação durou 10 segundos, por que em seguida a massa ficou mais firme e uniforme.

A grande sacada da técnica deste livro é que você só assa de um lado, e ai vem a melhor parte, você vira a massa e coloca o recheio sobre o lado assado.... Como a primeira massa que eu fiz ficou bem torradinha, achei que fosse ficar um fiasco. Muito pelo contrario, O lado assado não encharca com o molho de tomate, mas ao mesmo tempo não fica duro, fica aquele crocante leve que quebra com facilidade. Um espetáculo. O outro lado legal de se virar a massa, é que permite que ambos os lados da pizza sejam assados adequadamente. É importante lembrar que, diferente de um forno de pizza, na churrasqueira o calor está muito concentrado em baixo, portanto se você não virar a massa, ela ficará crua por cima, e se você assar os dois lados antes de colocar o recheio, a massa vai ficar muito torrada.

A noite testei a idéia de virar a massa ao fazer no forno da cozinha (Sempre uso pedra refratária), e deu super certo. Ninguém mais fez o tradicional comentário: “está uma delícia, mas a massa poderia ter ficado um pouco mais...”

Revisão 1 (Fev 2011): Depois de umas tantas rodadas de pizzadas que organizei em SP e no sítio, percebi que para garantir boas pizzas do começo ao fim da noite é preciso manter a churrasqueira bem quente (não precisa parecer um incêndio). Portanto, é fundamental ficar de olho no carvão, e a cada tanto, adicionar mais carvão. Quando se assa a pizza na churrasqueira com aquela brasinha média, a massa fica dura por dentro

Revisão 2 (Fev 2011): A massa fina é mais difícil de manusear, porém, é a que fica mais gostosa. Eu prefiro massa "normal" quando vou a uma pizzaria, mas na churrasqueira (ou mesmo no forno de casa), é mais difícil fazer a massa grossa do que fazer a fina. Já tentei várias vezes, e nunca me convenceu...

Revisão 3 (Fev 2011): Para dar um aroma diferente você pode jogar um pedaço de lenha no fundo da churrasqueira, as em contato com a brasa. Vai levantar um pouco de fumaça, e dará um aroma levemente defumado a pizza. Fica bom. Geralmente é fácil encontrar lenha para lareira em postos de gasolina, e grandes supermercados.

Essa vai para o meu livro de receitas!

Que terapia! fazer pizza com o filho de 4 anos

Ontem foi um dia especial. Meu filho de 4 anos preparou a sua primeira pizza sozinho, e a deu para o seu padrinho.

Eu dei a ele uma bolinha de massa, e ele abriu direitinho, depois colocou o molho, o queijo, um pouco de peito de perú, e champignon. Ficou ótima!

Claro que eu fui dando umas ajustadinhas aqui e ali, mas o merito foi todo dele!!!Que terapia! E tem gente que fala que fazer a massa dá trabalho.... Ah, ele também me ajudou a prepara a massa, misturando os ingredientes e sovando a massa.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O jeito mais rápido de gelar cerveja

Essa é manjada, mas alguém ainda não sabe, aí vai:

Em um isopor, balde, pia de lavanderia, ou qualque recipiente grande, coloque a cerveja no fundo e cubra de gelo. Até aqui, nenhuma novidade.

O pessoal do Mithbusters resolveu explorar cientificamente se os mitos de 1) colocar água, ou 2) colocar sal, realmente melhoravam o tempo de resfriamento.

indo direto ao resultado:

1o lugar: GELO + ÁGUA + SAL

A diferença foi surpeendente!

2o lugar: GELO + ÁGUA

E amargando o 3o lugar com um tempo de resfriamento bem inferior, SOMENTE GELO...

Se algum cético não acreditar, é só procurar o teste no Youtube

quarta-feira, 3 de março de 2010

Café descafeinado vs Cerveja sem alcool

Não sei se vocês já viram aquele programa do Discovery Channel chamado "Duelo Mortal", em que eles comparam feras totalmente diferentes por meio de uma simulação mecânica? por exemplo, eles analizam com seria o duelo entre um urso polar e um tigre dentes de sabre, e recriam os animais levando em consiração as particularidades de cada um deles.... Coisa de gringo, que não sabe o que fazer com tanta grana.

No meu capítulo "Duelo Mortal Fluido" decidi colocar, frente a frente, dois seres que inspiram pouca confiança das pessoas comuns: o Café Descafeinado versus a Cerveja Sem Alcool.

Minha mãe não bebe alcool, e o meu pai cortou recentemente. Por isso eles compram cerveja sem alcool. E já compraram várias marcas diferentes. Disparado no frente, a melhor, é se a menor sombra de dúvidas, a Coca Light. Não tem para ninguém. Cerveja sem alcool, ou caipirinha sem alcool, são como comparar o homem e o macaco. Tem muito em comum, mas, não são da mesma espécie.

Já o café descafeinado, na minha opinião, é uma ótima alternativa ao café. Especialmente a noite. Inclusive desafio os mais entendidos amadores a um teste cego. Quero ver identificar o descafeinado em meio a diferentes alternativas de café.

Agora, faz um teste cego entre cerveja com e sem alcool... Não precisa nem provar.....

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Quando estiver viajando, não se esqueça de visitar o supermercado

Eu sempre que viajo aproveito para visitar supermercados. É uma forma interessante de ver as pessoas comuns e as particularidades de cada povo.

Visitei supermercados na Grécia, China, Inglaterra, Italia, Espanha, França, Estados Unidos, México, Peru, Venezuela, Argentina, Chile, Uruguai, e até na minha estada de 5 horas no Japão, acabei conhecendo uns mercadinhos em Narita.

Quando eu era criança, os artigos importados eram o máximo. Tênis, chicletes, pastas de dente, desodorantes, champus, bonés do Figment (dragão da Epcot Center), camisetas... Quem tinha, estava na crista da onda. Hoje, com a globalização, a coisa mudou bastante. Eu compro pasta Crest até no mercado do Pelé, no Cajuru do Sul, perto do meu sítio. Se você for a seção de limpeza ou higiene de um supermercado de bairro em Atenas, vai se sentir como no Pão de Açucar. As marcas são as mesmas... Na seção de alimentação é diferente.

Quando estávamos na China íamos todos os dias ao supermercado comprar o jantar. Tinham mais de 1 milhão de tipos de "cup noodles". Uma delícia. Em Santiago (eu fui todos os meses por 2 anos), eu ia tanto a um suermercado em Las Condes, que sempre tentavam me dar um cartão fidelidade. Comprava vinhos, frutas, molho ají, e todo o tipo de frutos do mar enlatados da marca Robbison Crusoe (almejas, locos, machas....). Em Atenas compramos muitos azeites, na Espanha, Açafrão e embutidos, e na Cidade do México já comprei todos os ingredientes para um banquete de tacos e burritos. E de Londres trouxe sal rosa do Himalaia.

Certa vez estavámos em NY com o Terra, um amigo que é atualmente uma das maiores autoridades em varejo no Brasil, e fomos a um Whole Food no início da Central Park West, ao lado do hotel Mandarin. Lá ele nos apresentou o azeite trufado. A poucas semanas atrás, o Rogério Fasano, em sua reportagem nas páginas amarelas da Veja, condenou o azeite trufado. Tudo bem, para alguém acostumados com os padrões da alta gastronomia, o azeite trufado pode ser o fim da picada. Para nós mortais, É UM SHOW!!!! Você colca poucas gotas e dá um colorido muito especial ao prato. E ainda pr cima custa relativamente barato.

Você faz um jantar em casa para os amigos, e quando eles perguntarem sobre aquele aroma tão interessante, você pode dizer: "Sim, você deve estar se referindo ao azeite de trufas negras que trouxe de NY"... Para tudo!!! É mais emocionante do que chegar no primeiro dia de aula com aquele tênis Reebok cano alto, na década de 80.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quer achar uma receita? Procure no Youtube

Impressinante o que tem de receitas no Youtube.....

Técnicas variadas de churrasco
Picanha invertida
Pizzas de todos os tipos
Massas
Sopas
Molhos
e por ai vai.

Vejam algumas boas:

Churrasco gringo (o locutor é um show a parte)

http://www.youtube.com/watch?v=rt_yLN57E8Y

Dicas do Wessel:

http://www.youtube.com/watch?v=p0sHWVHL7yA

Picanha invertida (a melhor maneira de comer a gordura da carne)

http://www.youtube.com/watch?v=8XNKZNsdV84

Pizza diferente:

http://www.youtube.com/watch?v=S5AlWQN729I

Fora o que tem de programas de TV de todos os tipos.

Da próxima vez que estiver procurando alguma coisa diferente para preparar, visite o Youtube.

O jeito mais fácil de fazer pizza em casa

Eu definitivamente adoro fazer pizza.

Acho uma moleza fazer a massa, e ao contrário do que muita gente acha, na minha opinião, não dá trabalho (basta jogar os poucos ingredientes em uma vasilha e ficar amassando), é rápido (geralmente leva 10 minutos), e não suja (quando a massa alcança o ponto ideal, ela desgruda da mão). Fora isso, é uma baita terapia. Relaxa pacas!

Vou deixar para falar sobre a melhor forma de fazer pizza em casa em um próximo post. Agora vamos falar sobre o jeito mais FÁCIL.

Eu nunca gostei de pizza pronta, mas tenho que adimitir que as pizzas da Sadia e da Perdigão estão bem gostosas. Uma das formas mais interessantes que eu fiz foi no forninho elétrico de casa. Eu cortei a pizza em fatias para caber no forninho, e deu super certo. Muito bom mesmo. Aproveitei para jogar um pouco de manjericão fresco para ficar melhor ainda.

Outra forma legal de fazer é utilizando aquelas pedras para fazer pizza no forno. É melhor do que aquecer na forma de alumínio.

Agora, quer fazer bonito com a patroa e com os amigos?

Meu pai (que tem pouquíssima paciência para coisas mais elaboradas) um dia descobriu a pizza de frigideira. É um show! Super prática e muito gostosa. Apesar de indicar "frigideira", não leva uma gota de óleo.

Vende em QUALQUER SUPERMERCADO e custa super barato.

O processo é simples: Basta aquecer a frigideira em fogo baixo, colocar uma rodela de pizza para dar um bronze em cada lado (rapidíssimo), retirar para colocar o recheio como uma pizza normal (molho de tomate, queijo muzzarela e o que mais vier a telha), e voltar a frigideira para aquecer o recheio. Tampe a pizza com uma tampa de panela. O ponto ideal é quando o queijo estiver derretido. É muito rápido. Fique atento para não passar.

Essas pizzas são bem pequenas e finas, por isso não pode exagerar no rocheio. Bote pouco de cada que fica bom.

É um show e todo mundo participa, e o gosto é surpreendente. Bem divertido.

Comece pelo básico até dominar o assunto: Muzzarela, Marguerita, Catupiri. São a prova de erro.

Dica do molho:

Sem muita medida, coloque uns 4 tomates no liquidificador, acrescente um pouco de azeite, um dente de alho, um pouco de sal, e orégano. Bata rapidamente para ficar com consistência de molho e com pedacinhos de tomate. Vale a pena jogar o molho em um coador grande ou peneira para tirar o excesso de água.

Dica do queijo:

Compre um daqueles pacotes de queijo (tipo queijo prato) de muzzarela. Triture em um processador ou rale manualmente. Só isso.

Boa pizzada!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O dilema do carvão

Hoje no almoço comentei a amigos que havia criado o meu primeiro blog. Começamos a debater sobre a usabilidade do blog, as novas tecnologias, ter tempo para se dedicar a manter o blog atualizado, e por ai vai.....

Bom, ao falar sobre o objetivo do meu blog (veja o primeiro post: " Por que inquietudes gastronomicas?") surgiu a sugestão: DESCUBRA A MELHOR TÉCNICA PARA ACENDER CARVÃO!

Boa idéia! Vou atrás, apesar de eu raramente ter este problema pela abundancia de pinhas que temos no sítio. As pinhas são ótimas por que queimam fácil, e, diferentemente do jornal, dura bastante. Portanto, colocamos um pouco de jornal, algumas pinhas e o carvão. Nào falha nunca, e não leva uma gota de alcool sequer.

Obviamente carvão seco ajuda. Carvão muito seco ajuda muito.

De qualquer forma, eu gosto da técnica do pão embebedado em alcool, e a técnica do vulcão.

A técnica do vulcão:

Consiste em fazer um rolo oco de jornal, parecendo um cano, que é colocado em pé na churrasqueira, envolto em carvão. VocÊ pode usar uma garrafa como molde para ajudar a fazer o cano de jornal. É só enrolar o jornal em volta da garrafa.

Acenda o jornal por cima e o fogo começará a descer até a base. Como é um rolo de jornal, o fogo dura bastante, e como o cano fica oco no meio, entra bastante ar, fazendo com que o fogo ganhe cada vez mais intensidade pela alta combustão. Essa também não leva alcool. Eu já tentei com o meu irmão e deu certo.

O mesmo amigo que sugeriu o tema comentou que um ventilador é também muito eficiente. "Liga o ventilador que resolve o problema rapidinho".

Aproveitando o assunto, um livro de churrasco argentino, que temos em casa, fala que é fundamental guardar as cinzas de carvão de churrascos anteriores para usar quando o fogo começa a subir na carne. De acordo com o livro, jogar água para baixar o fogo é horrível por que faz fumaça e joga cinzas na carne. Para isso serve as cinzas do churrasco anterior.

Vamos pesquisar mais...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Azeites monovarietais e condimentados da Borges

Certo dia encontrei o Bernardo no supermercado. A gente trabalhou junto por pouquíssimo tempo na Claro, quando eu fui transferido para o RJ e ele no mesmo dia foi transferido (com todo o departamento de Marketing) para SP. Isso foi no final de 2003. Ele acabou ficando em SP e atualmente está no Marketing da Borges. Nos encontramos (como sempre) no Pão de Açucar da Av. Santo Amaro, e engatamos em um papo sobre azeites.

Vim a saber que a Borges estava trazendo azeites monovarietais e aromáticos (no caso bolados pelo Ferran Adriá do El Buli). Com o excesso de ofertas na gôndola, é sempre difícil diferenciar as opções, e como a maioria das pessoas, eu sempre escolhi o azeite pela pinta de bacana com preço razoável (ao redor de R$15).

Pena que infelizmente não é tão fácil achar todas as variedades nas gôndolas do Pão de Açucar.

As opções monovarietias são excelentes! E o preço é basicamente o mesmo dos extra virgens. São azeites que utilizam uma única variedade de azeitona. Adorei o Picual.

Os aromáticos são espetaculares, e os preços são também ótimos (apesar de serem menores). O que me chamou a atenção é que são, na minha leiga opinião, super equilibrados. É o gostinho condimentado na medida certa. O azeite com alecrim fresco é incrível. Tem gosto de alecrim fresco. O de Quatro Pimentas é também ótimo.

Pensando bem, o Ferran Adriá não ia colocar o nome em qualquer azeite...... Vale a viagem.

Comprar azeite de R$ 100 e achar ótimo é fácil. O difícil é achar um azeite diferente e interessante por menos de vintão.

Aproveitando: Eu tentei fazer um azeite condimentado com alecrim da nossa horta. Ficou bom, mas logo começou a formar uns bolores depois de uns 2 meses, e eu resolvi descartar. Acho que fiz tudo certo, fervi o frasco, coloquei um azeite de boa qualidade, alecrins super frescos, enfim.... Ainda acerto.

Quero criar esse ritual no meu sítio: de fazer azeites e vinagres.

O desafio da picanha ideal

Todo brasileiro (ou quase todo) sabe fazer churrasco. Já nasce sabendo. É como futebol. Quantas pessoas tiveram AULA de futebol na escola? No meu caso, quando o professor de educação física estava cansado de passar polichinelo, dava uma bola de futebol para a molecada e ia descansar.... Eu sinto que o churrasco é um pouco parecido. Dificilmente um pai passa para o filho a tradição da família em matéria de churrascos. Aquela técnica dos avós, de quando vieram sei lá de onde.

Talvez no Rio Grande do Sul, mas em São Paulo, a maioria dos adolescentes aprendem nos churrascos de final de semana com os amigos (e durante as viagens passa a ser a principal refeição juntamente do miojo)

E no churrasco, assim como no futebol, é todo mundo técnico, e palpiteiro.

algumas técnicas:

picanha marinada na cerveja
Banhada na cerveja já na grelha (especialmente quando os palpiteiros já estão com umas cervejas na cachola)
Picanha invertida
Picanha selada
Picanha perfurada
Picanha fatiada
Picanha maturada
Acebolada
no alho
no espeto
e por ai vai...

Uma coisa todo homem sabe (ou deveria saber): Picanha de 3 kg não rola...Outra coisa que GERALMENTE é verdade: Picanha de grife é GERALMENTE muito boa.

De resto, é passar o sal grosso e mandar para a churrasqueira...

Vem ai o meu desafio: Como fazer aquela picanha da Figueira Rubayat sem ter que gastar R$ 70 o kilo, e acertando sempre no ponto. De preferência com peças compradas sem grandes frescuras.

Um ponto interessante para explorar é como identificar o potencial da peça e dar o tratamento adequado para que ela fique o melhor possível.

Outro ponto para aqueles que moram em apartamento, e ainda não estão na crista da onda da varanda com churrasqueira (como eu): Qual a melhor gambiarra?

O desafio está lançado....

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Por que "Inquietudes Gastronômicas"

Esse é o meu primeiro post em um blog. É curioso. Fico pensando em como escrever, e o que vai acontecer depois.... Certamente isso vai ficar cada vez mais automático e interessante com o passar do tempo. Por isso, vamos começar! Como diz meu pai: "No hay peor gestión que la que no se hace"

Por que Inquietudes Gastronômicas?

Bom, antes de mais nada, sou um curioso por culinária. Daqueles que a mãe, a esposa e alguns amigos consideram um ótimo cozinheiro, mas que no fundo, apesar de haver começado a explorar a cozinha a pouco tempo, e não dominar técnica alguma, sou muito esforçado e exigente.

Uma das minhas principais inquietudes é como fazer coisas muito saborosas e simples. Sempre que compro um livro importado, vejo um excesso de condimentos, ingredientes, molhos e "invenções", que, a minha opinião, acabam sempre matando a idéia original.

Por meio deste blog, pretendo me aprofundar nas diferentes técnicas de culinária simples e saborosa, e de preferência, que apresentem rituais gostosos, para fazer com a família e com os amigos.

Passei uma temporada viajando todos os meses para o Chile e para Argentina, e tive a oportunidade de conhecer ótimos restaurantes. Em Santiago, um dos meus favoritos passou a ser o Tierra Noble (http://www.tierranoble.cl/), na Av. Nueva Costanera 3872 em Vitacura. O segredo do lugar é preparar tudo (Carnes, peixes, frutos do mar) na grelha com praticamente nenhum tempero. Na maioria das vezes, somente sal e pimenta do reino. É um espetáculo! Bom, o lugar é bem bonito e sofisticado, e com um bom vinho, e uma boa salada, tornam a experiência ainda mais especial. E os pratos..... São daqueles que no dia seguinte você se pergunta se não seria uma boa jantar lá novamente.

Em Buenos Aires tenho uma lista bem bacana de sugestões de um grande amigo que é um profundo conhecedor das últimas baladas e points de capital argentina. Mas indo ao meu ponto, para quem curte uma carne, as grelhas argentinas (Parrillas) produzem carnes e embutidos sensacionais. Novamente, levemente temperados com sal.

Obviamente, um bom começo é comprar carnes e peixes do melhor tipo e da melhor qualidade. Realmente faz diferença. Mas existe mais do que isso: Saber manter a temperatura e o tempo de cozimento ideal, saber cortar a carne para obter a espessura ideal, saber a quantidade ideal de sal para não ficar se graça entre outros detalhes.

Vou começar a minha pesquisa. Vamos ver onde vai dar...