quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Quando estiver viajando, não se esqueça de visitar o supermercado

Eu sempre que viajo aproveito para visitar supermercados. É uma forma interessante de ver as pessoas comuns e as particularidades de cada povo.

Visitei supermercados na Grécia, China, Inglaterra, Italia, Espanha, França, Estados Unidos, México, Peru, Venezuela, Argentina, Chile, Uruguai, e até na minha estada de 5 horas no Japão, acabei conhecendo uns mercadinhos em Narita.

Quando eu era criança, os artigos importados eram o máximo. Tênis, chicletes, pastas de dente, desodorantes, champus, bonés do Figment (dragão da Epcot Center), camisetas... Quem tinha, estava na crista da onda. Hoje, com a globalização, a coisa mudou bastante. Eu compro pasta Crest até no mercado do Pelé, no Cajuru do Sul, perto do meu sítio. Se você for a seção de limpeza ou higiene de um supermercado de bairro em Atenas, vai se sentir como no Pão de Açucar. As marcas são as mesmas... Na seção de alimentação é diferente.

Quando estávamos na China íamos todos os dias ao supermercado comprar o jantar. Tinham mais de 1 milhão de tipos de "cup noodles". Uma delícia. Em Santiago (eu fui todos os meses por 2 anos), eu ia tanto a um suermercado em Las Condes, que sempre tentavam me dar um cartão fidelidade. Comprava vinhos, frutas, molho ají, e todo o tipo de frutos do mar enlatados da marca Robbison Crusoe (almejas, locos, machas....). Em Atenas compramos muitos azeites, na Espanha, Açafrão e embutidos, e na Cidade do México já comprei todos os ingredientes para um banquete de tacos e burritos. E de Londres trouxe sal rosa do Himalaia.

Certa vez estavámos em NY com o Terra, um amigo que é atualmente uma das maiores autoridades em varejo no Brasil, e fomos a um Whole Food no início da Central Park West, ao lado do hotel Mandarin. Lá ele nos apresentou o azeite trufado. A poucas semanas atrás, o Rogério Fasano, em sua reportagem nas páginas amarelas da Veja, condenou o azeite trufado. Tudo bem, para alguém acostumados com os padrões da alta gastronomia, o azeite trufado pode ser o fim da picada. Para nós mortais, É UM SHOW!!!! Você colca poucas gotas e dá um colorido muito especial ao prato. E ainda pr cima custa relativamente barato.

Você faz um jantar em casa para os amigos, e quando eles perguntarem sobre aquele aroma tão interessante, você pode dizer: "Sim, você deve estar se referindo ao azeite de trufas negras que trouxe de NY"... Para tudo!!! É mais emocionante do que chegar no primeiro dia de aula com aquele tênis Reebok cano alto, na década de 80.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quer achar uma receita? Procure no Youtube

Impressinante o que tem de receitas no Youtube.....

Técnicas variadas de churrasco
Picanha invertida
Pizzas de todos os tipos
Massas
Sopas
Molhos
e por ai vai.

Vejam algumas boas:

Churrasco gringo (o locutor é um show a parte)

http://www.youtube.com/watch?v=rt_yLN57E8Y

Dicas do Wessel:

http://www.youtube.com/watch?v=p0sHWVHL7yA

Picanha invertida (a melhor maneira de comer a gordura da carne)

http://www.youtube.com/watch?v=8XNKZNsdV84

Pizza diferente:

http://www.youtube.com/watch?v=S5AlWQN729I

Fora o que tem de programas de TV de todos os tipos.

Da próxima vez que estiver procurando alguma coisa diferente para preparar, visite o Youtube.

O jeito mais fácil de fazer pizza em casa

Eu definitivamente adoro fazer pizza.

Acho uma moleza fazer a massa, e ao contrário do que muita gente acha, na minha opinião, não dá trabalho (basta jogar os poucos ingredientes em uma vasilha e ficar amassando), é rápido (geralmente leva 10 minutos), e não suja (quando a massa alcança o ponto ideal, ela desgruda da mão). Fora isso, é uma baita terapia. Relaxa pacas!

Vou deixar para falar sobre a melhor forma de fazer pizza em casa em um próximo post. Agora vamos falar sobre o jeito mais FÁCIL.

Eu nunca gostei de pizza pronta, mas tenho que adimitir que as pizzas da Sadia e da Perdigão estão bem gostosas. Uma das formas mais interessantes que eu fiz foi no forninho elétrico de casa. Eu cortei a pizza em fatias para caber no forninho, e deu super certo. Muito bom mesmo. Aproveitei para jogar um pouco de manjericão fresco para ficar melhor ainda.

Outra forma legal de fazer é utilizando aquelas pedras para fazer pizza no forno. É melhor do que aquecer na forma de alumínio.

Agora, quer fazer bonito com a patroa e com os amigos?

Meu pai (que tem pouquíssima paciência para coisas mais elaboradas) um dia descobriu a pizza de frigideira. É um show! Super prática e muito gostosa. Apesar de indicar "frigideira", não leva uma gota de óleo.

Vende em QUALQUER SUPERMERCADO e custa super barato.

O processo é simples: Basta aquecer a frigideira em fogo baixo, colocar uma rodela de pizza para dar um bronze em cada lado (rapidíssimo), retirar para colocar o recheio como uma pizza normal (molho de tomate, queijo muzzarela e o que mais vier a telha), e voltar a frigideira para aquecer o recheio. Tampe a pizza com uma tampa de panela. O ponto ideal é quando o queijo estiver derretido. É muito rápido. Fique atento para não passar.

Essas pizzas são bem pequenas e finas, por isso não pode exagerar no rocheio. Bote pouco de cada que fica bom.

É um show e todo mundo participa, e o gosto é surpreendente. Bem divertido.

Comece pelo básico até dominar o assunto: Muzzarela, Marguerita, Catupiri. São a prova de erro.

Dica do molho:

Sem muita medida, coloque uns 4 tomates no liquidificador, acrescente um pouco de azeite, um dente de alho, um pouco de sal, e orégano. Bata rapidamente para ficar com consistência de molho e com pedacinhos de tomate. Vale a pena jogar o molho em um coador grande ou peneira para tirar o excesso de água.

Dica do queijo:

Compre um daqueles pacotes de queijo (tipo queijo prato) de muzzarela. Triture em um processador ou rale manualmente. Só isso.

Boa pizzada!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O dilema do carvão

Hoje no almoço comentei a amigos que havia criado o meu primeiro blog. Começamos a debater sobre a usabilidade do blog, as novas tecnologias, ter tempo para se dedicar a manter o blog atualizado, e por ai vai.....

Bom, ao falar sobre o objetivo do meu blog (veja o primeiro post: " Por que inquietudes gastronomicas?") surgiu a sugestão: DESCUBRA A MELHOR TÉCNICA PARA ACENDER CARVÃO!

Boa idéia! Vou atrás, apesar de eu raramente ter este problema pela abundancia de pinhas que temos no sítio. As pinhas são ótimas por que queimam fácil, e, diferentemente do jornal, dura bastante. Portanto, colocamos um pouco de jornal, algumas pinhas e o carvão. Nào falha nunca, e não leva uma gota de alcool sequer.

Obviamente carvão seco ajuda. Carvão muito seco ajuda muito.

De qualquer forma, eu gosto da técnica do pão embebedado em alcool, e a técnica do vulcão.

A técnica do vulcão:

Consiste em fazer um rolo oco de jornal, parecendo um cano, que é colocado em pé na churrasqueira, envolto em carvão. VocÊ pode usar uma garrafa como molde para ajudar a fazer o cano de jornal. É só enrolar o jornal em volta da garrafa.

Acenda o jornal por cima e o fogo começará a descer até a base. Como é um rolo de jornal, o fogo dura bastante, e como o cano fica oco no meio, entra bastante ar, fazendo com que o fogo ganhe cada vez mais intensidade pela alta combustão. Essa também não leva alcool. Eu já tentei com o meu irmão e deu certo.

O mesmo amigo que sugeriu o tema comentou que um ventilador é também muito eficiente. "Liga o ventilador que resolve o problema rapidinho".

Aproveitando o assunto, um livro de churrasco argentino, que temos em casa, fala que é fundamental guardar as cinzas de carvão de churrascos anteriores para usar quando o fogo começa a subir na carne. De acordo com o livro, jogar água para baixar o fogo é horrível por que faz fumaça e joga cinzas na carne. Para isso serve as cinzas do churrasco anterior.

Vamos pesquisar mais...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Azeites monovarietais e condimentados da Borges

Certo dia encontrei o Bernardo no supermercado. A gente trabalhou junto por pouquíssimo tempo na Claro, quando eu fui transferido para o RJ e ele no mesmo dia foi transferido (com todo o departamento de Marketing) para SP. Isso foi no final de 2003. Ele acabou ficando em SP e atualmente está no Marketing da Borges. Nos encontramos (como sempre) no Pão de Açucar da Av. Santo Amaro, e engatamos em um papo sobre azeites.

Vim a saber que a Borges estava trazendo azeites monovarietais e aromáticos (no caso bolados pelo Ferran Adriá do El Buli). Com o excesso de ofertas na gôndola, é sempre difícil diferenciar as opções, e como a maioria das pessoas, eu sempre escolhi o azeite pela pinta de bacana com preço razoável (ao redor de R$15).

Pena que infelizmente não é tão fácil achar todas as variedades nas gôndolas do Pão de Açucar.

As opções monovarietias são excelentes! E o preço é basicamente o mesmo dos extra virgens. São azeites que utilizam uma única variedade de azeitona. Adorei o Picual.

Os aromáticos são espetaculares, e os preços são também ótimos (apesar de serem menores). O que me chamou a atenção é que são, na minha leiga opinião, super equilibrados. É o gostinho condimentado na medida certa. O azeite com alecrim fresco é incrível. Tem gosto de alecrim fresco. O de Quatro Pimentas é também ótimo.

Pensando bem, o Ferran Adriá não ia colocar o nome em qualquer azeite...... Vale a viagem.

Comprar azeite de R$ 100 e achar ótimo é fácil. O difícil é achar um azeite diferente e interessante por menos de vintão.

Aproveitando: Eu tentei fazer um azeite condimentado com alecrim da nossa horta. Ficou bom, mas logo começou a formar uns bolores depois de uns 2 meses, e eu resolvi descartar. Acho que fiz tudo certo, fervi o frasco, coloquei um azeite de boa qualidade, alecrins super frescos, enfim.... Ainda acerto.

Quero criar esse ritual no meu sítio: de fazer azeites e vinagres.

O desafio da picanha ideal

Todo brasileiro (ou quase todo) sabe fazer churrasco. Já nasce sabendo. É como futebol. Quantas pessoas tiveram AULA de futebol na escola? No meu caso, quando o professor de educação física estava cansado de passar polichinelo, dava uma bola de futebol para a molecada e ia descansar.... Eu sinto que o churrasco é um pouco parecido. Dificilmente um pai passa para o filho a tradição da família em matéria de churrascos. Aquela técnica dos avós, de quando vieram sei lá de onde.

Talvez no Rio Grande do Sul, mas em São Paulo, a maioria dos adolescentes aprendem nos churrascos de final de semana com os amigos (e durante as viagens passa a ser a principal refeição juntamente do miojo)

E no churrasco, assim como no futebol, é todo mundo técnico, e palpiteiro.

algumas técnicas:

picanha marinada na cerveja
Banhada na cerveja já na grelha (especialmente quando os palpiteiros já estão com umas cervejas na cachola)
Picanha invertida
Picanha selada
Picanha perfurada
Picanha fatiada
Picanha maturada
Acebolada
no alho
no espeto
e por ai vai...

Uma coisa todo homem sabe (ou deveria saber): Picanha de 3 kg não rola...Outra coisa que GERALMENTE é verdade: Picanha de grife é GERALMENTE muito boa.

De resto, é passar o sal grosso e mandar para a churrasqueira...

Vem ai o meu desafio: Como fazer aquela picanha da Figueira Rubayat sem ter que gastar R$ 70 o kilo, e acertando sempre no ponto. De preferência com peças compradas sem grandes frescuras.

Um ponto interessante para explorar é como identificar o potencial da peça e dar o tratamento adequado para que ela fique o melhor possível.

Outro ponto para aqueles que moram em apartamento, e ainda não estão na crista da onda da varanda com churrasqueira (como eu): Qual a melhor gambiarra?

O desafio está lançado....

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Por que "Inquietudes Gastronômicas"

Esse é o meu primeiro post em um blog. É curioso. Fico pensando em como escrever, e o que vai acontecer depois.... Certamente isso vai ficar cada vez mais automático e interessante com o passar do tempo. Por isso, vamos começar! Como diz meu pai: "No hay peor gestión que la que no se hace"

Por que Inquietudes Gastronômicas?

Bom, antes de mais nada, sou um curioso por culinária. Daqueles que a mãe, a esposa e alguns amigos consideram um ótimo cozinheiro, mas que no fundo, apesar de haver começado a explorar a cozinha a pouco tempo, e não dominar técnica alguma, sou muito esforçado e exigente.

Uma das minhas principais inquietudes é como fazer coisas muito saborosas e simples. Sempre que compro um livro importado, vejo um excesso de condimentos, ingredientes, molhos e "invenções", que, a minha opinião, acabam sempre matando a idéia original.

Por meio deste blog, pretendo me aprofundar nas diferentes técnicas de culinária simples e saborosa, e de preferência, que apresentem rituais gostosos, para fazer com a família e com os amigos.

Passei uma temporada viajando todos os meses para o Chile e para Argentina, e tive a oportunidade de conhecer ótimos restaurantes. Em Santiago, um dos meus favoritos passou a ser o Tierra Noble (http://www.tierranoble.cl/), na Av. Nueva Costanera 3872 em Vitacura. O segredo do lugar é preparar tudo (Carnes, peixes, frutos do mar) na grelha com praticamente nenhum tempero. Na maioria das vezes, somente sal e pimenta do reino. É um espetáculo! Bom, o lugar é bem bonito e sofisticado, e com um bom vinho, e uma boa salada, tornam a experiência ainda mais especial. E os pratos..... São daqueles que no dia seguinte você se pergunta se não seria uma boa jantar lá novamente.

Em Buenos Aires tenho uma lista bem bacana de sugestões de um grande amigo que é um profundo conhecedor das últimas baladas e points de capital argentina. Mas indo ao meu ponto, para quem curte uma carne, as grelhas argentinas (Parrillas) produzem carnes e embutidos sensacionais. Novamente, levemente temperados com sal.

Obviamente, um bom começo é comprar carnes e peixes do melhor tipo e da melhor qualidade. Realmente faz diferença. Mas existe mais do que isso: Saber manter a temperatura e o tempo de cozimento ideal, saber cortar a carne para obter a espessura ideal, saber a quantidade ideal de sal para não ficar se graça entre outros detalhes.

Vou começar a minha pesquisa. Vamos ver onde vai dar...